Um homem
devia a um certo rei uma quantia de dez mil talentos (o equivalente a 34 mil quilos de prata), uma dívida que
segundo especialistas levaria pouco mais de 150 anos de trabalho pesado para
sanar, ou seja, uma dívida impagável. Então o devedor foi chamado a uma
audiência com o rei, que lhe disse: “Meu
servo, paga-me o dinheiro que você me deve, ou você e sua família serão
vendidos como escravos, e todos os teus pertences leiloados”. Não tendo
como pagar uma dívida tão alta, disse aquele homem ao rei: “Rei, tem piedade de mim, pois não tenho como te pagar uma soma tão
alta, não rejeite meu pedido, tem misericórdia de mim, e logo que puder te
pagarei toda esta dívida.”
O
rei ficou comovido com a petição daquele homem, pois ele havia pedido de
joelhos e chorava muito pedindo clemência. O rei então, toma-o pela mão e diz: “Meu filho, levante-se, você não me deve
mais nada, a tua dívida está perdoada, vá em paz”.
Aquele
homem saiu satisfeito, contente, pois não tinha que se preocupar mais com uma
conta impagável. Porém, minutos depois de sair da presença do rei, este homem
encontra um homem que lhe devia cem dinheiros (o equivalente ao pagamento de
três semanas de trabalhos de um agricultor). Então ele diz: “Ei você, pague-me o que me deve se não mandarei prender você e sua família será vendida com escravos até que se pague
a dívida” Mas, aquele homem não tendo como pagar lhe rogava de joelhos
diante das pessoas e dizia: “Por favor
não faça isso, em poucos dias te pagarei tudo, misericórdia, clemência”! Mas
o credor incompassivo disse: “Não! Não
terei piedade.” Então chamou um guarda e o mandou prender até que toda
dívida fosse paga.
Estes
fatos, porém, chegaram ao conhecimento do rei, que logo mandou chamar o homem
malvado; e não audiência com o rei ele falou: “Homem, por que você é tão malvado? Te perdoei uma dívida impagável e
tu não perdoasse aquele pobre homem; agora você será preso no lugar dele, sua
família será vendida como escravos e não sairá de lá até que me pague toda dívida.”
Esta
história não trata literalmente de dinheiro, mas de ofensas. Alguém pode até te
feito um mal algum dia, mas este mal certamente é bem menor do que as coisas
terríveis que praticamos diante de Deus. Então, se Deus nos perdoou uma dívida impagável
de pecados pelo sangue de Jesus, por que não perdoamos aqueles que nos tem
ofendido?
Texto: Gleyber Miranda
Nenhum comentário:
Postar um comentário