No abre-alas, duas esculturas de tigres, animal que é símbolo
da Império da Casa Verde, surpreenderam os jurados Foto: Nelson Almeida / AFP |
A Império de Casa Verde sagrou-se campeã do Carnaval de São Paulo em 2016 ao cantar as civilizações antigas e mitos de sociedades perdidas com o enredo Império dos Mistérios. Após uma apuração conturbada, com direito a pancadaria e diretor de escola preso, a representante da zona norte paulista somou 239,4 pontos
e superou Mocidade Alegre e Acadêmicos do Tatuapé por apenas dois
décimos. Para explorar o universo dos mistérios, a escola apostou em um
desfile visual, com fantasias trabalhadas e carros luxuosos.
Este é
o terceiro título da Império, que havia conquistado o bicampeonato em
2005 e 2006. Para o desfile de 2016, o carnavalesco Jorge Freitas
apostou no luxo. Liderada pelo Mestre Zoinho, a bateria teve à sua
frente a rainha Valeska Reis e a madrinha Lívia Andrade, que não
passaram por contratempos na avenida. No desfile, chamaram a atenção os
dois tigres do abre-alas, animal que é símbolo da escola, com 70 metros
de comprimento.
Os ânimos já estavam exaltados na leitura de notas após um jurado não
conceder nota para a Império de Casa Verde no quesito evolução. Uma
nova falta de nota, de outro jurado, no quesito harmonia para a Dragões
da Real, acabou desencadeando grande confusão e paralisação da apuração de votos.
Pelo
regulamento, se não há nota, automaticamente a escola recebe a maior
nota dos outros jurados. Os integrantes das agremiações ficaram
revoltados e ameaçaram invadir a mesa onde estava ocorrendo a leitura.
Agentes da Polícia Civil fizeram cordão de isolamento para que os
representantes não invadissem a mesa, mas logo em seguida um integrante
da diretoria da Unidos da Vila Maria agrediu representantes de outras
escolas.
Um dos integrantes foi imobilizado por três policiais
civis e colocado em camburão. A Unidos de Vila Maria ameaçou boicotar o
resto da apuração, mas o presidente da Liga Independente das Escolas de
Samba dos Grupos Especial e Acesso do Carnaval de São Paulo prosseguiu
com a leitura das notas.
As escolas com as piores notas na apuração, Pérola Negra (264 pontos) e X-9 Paulistana (263,9 pontos), foram rebaixadas.
Zero Hora
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