Em aproximadamente 1950, moravam em um pequeno povoado de nome
Parazinho, situado na região do Mato Grandes distintas senhoras católicas:
Maria Dantas, Adélia Torres, Ivete, Maria Rodrigues e Lilian Trigueiro. Estas
mulheres decidiram construir uma pequena capela nessa comunidade, pois as
missas eram celebradas na escola de dona Lilian Trigueiro, que além de
professora também catequizava as crianças daquela época.
As missas custavam acontecer, era esperada pelos poucos habitantes dessa
comunidade a passagem do frei Casanova, que era um missionário viajante e
quando chegava, animava os fieis em sua fé com a celebração da palavra de Deus.
Então as mulheres resolveram procurar um local para a construção da
igreja, elas saíram a procura e escolheram em lugar que ficasses no centro da
comunidade.
Dona Maria Dantas e Dona Adélia foram às pioneiras a enfrentar a
construção da igreja, elas ficavam na rua parando os carros que passavam para
Caiçara do Norte e outras cidades, e pedia uma colaboração , poderia ser em dinheiro,
ou em materiais de construção, como pedra areia, ou seja o que fosse dado era
em prol da capela e foi assim que a nossa igreja teve seus primeiros pilares
levantados.
A igreja construída pensou-se em um sino, pois quando morria alguém,
tinha que ir a Quixabeira para tocar o sino para o falecido, hoje esse ainda
existe avisando aos católicos da missa, celebrações e enterros.
Com a igreja construída é a hora das mulheres escolherem um santo para
padroeiro, foi quando dona Adélia que era devota de Nossa Senhora de Nazaré,
fez uma promessa, pedindo a santa que ajudasse o seu filho Ivanildo, um jovem
recém-formado a arranjar um trabalho e atuar na sua profissão de Bioquímico e
farmacêutico.
Dona Adélia é valida na sua promessa e as suas amigas concordaram com a
escolha da padroeira, nessa época ao se sabia que nossa Senhora de Nazaré era
padroeira do Pará, e dona Adélia foi a Recife comprar a Imagem da Santa. Foi
realizado o primeiro casamento na igreja do senhor João Ferreira com a Sr.ª Ana
Ferreira realizado pelo padre Vicente de Freitas , que era um padre
carrancudo e deixava as pessoas com medo dele.
A comunidade foi crescendo e número de católicos também, vai chegando
mais gente para colaborar nas tarefas da igreja, chega para ajudar as mulheres
dois (02) homens; o senhor Manoel Raimundo que se dedicava a limpeza e
organização da mesma, e o senhor Lolo Torres o esposo de dona Ivete que passava
a organizar as finanças da capela.
A igreja agora passa a ter uma comissão, então é pensado por essa, o dia
para se comemorar a padroeira foi quando se viu que todos daquela época eram
agricultores e esperavam chegar o final do ano para comemorar a safra de
algodão, feijão, milho, sisal e outros e o lucros era para gastar com a festa
de natal, ano novo e a festa do bom Jesus dos Navegantes na cidade de
Touros/RN. Foi assim que a comissão escolheu o dia 28 de novembro para se
comemorar o dia da nossa padroeira.
A festa foi ficando conhecida por todos da região, a festa religiosa com
trio, novenário e a festa social com a escolha da rainha, barracas, leilão e
baile, além de parques que vinham animar a cidade.
Chega à comunidade a primeira freira e irmã Luma que vinha do Rio Grande
do Sul, ela ajudou o padre a catequizar as crianças daquela época. Essa freira
ficava hospedada na casa de dona Lucia esposa de Chico Severo elas e o
Monsenhor.
A nossa igreja ganha um padre, pois antes se passava apenas alguns
visitantes, então chega o padre Luiz Lucena Dias, que vinha de Baixa Verde,
pois pertencia aquela Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, uma vez por mês
ele celebrava as missas, esse dia era nos domingos e todos da comunidade
participavam, realizando-se casamento e batizados.
Em mais ou menos 1982 a comunidade se prepara para receber Frei Damião,
então todos se preocupam, onde hospedar um frade tão importante foi quando a
igreja passou por uma reforma deixando-a mais ampla e se construiu a casa
paroquial, essa construção teve a participação do Prefeito Manoel Domingos.
O padre Lucena ganha o titulo de Monsenhor, mas continua dando
assistência na comunidade e também foi chegando mais pessoas para ajudar na
liturgia e a festa da Padroeira.
Em 1986 chega à comunidade as irmãs Franciscanas de Maria Auxiliadora,
que chegam com o objetivo de organizar pastorais, para atuar na comunidade.
Essas irmãs moravam aqui na comunidade durante 10 (dez) ano, quando foram
embora deixaram formada as pastorais: Pastoral da Criança, Catequese Maior e
Menor, Pastoral da Juventude, Ministras Extraordinária da Eucaristia. Além dos
trabalhos de evangelização elas colaboravam com as pessoas necessitadas, davam
cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, trabalhos de corte e
costura pinturas e outros no clube de mães.
Elas também evangelizavam na zona rural. A casa das irmãs Franciscana
ficava situada na Rua Marechal Costa e Silva e teve como coordenadora Irmã
Terezinha, Cecilia, Clarice, Rita e por ultimo a irmã Luiza Sela que hoje se
encontra no andar de cima junto de Deus. O trabalho dessas freiras ajudou muito
na evolução das nossas pastorais que atua ate hoje em nossa comunidade.
Atualmente a nossa igreja continua situada no mesmo endereço, temos nove
(09) pastorais: Catequese maior e Menor, pastoral do dizimo, pastoral da
Juventude, Pastoral da Oração, apostolado do Coração de Jesus, pastoral da
terceira idade e nele um terço de homens.
Ganhamos Padre Edvan, como pároco, que realizava missa todos os domingos
e toda primeira sexta-feira do mês, as comunidades dos distritos também são
assistidas na evangelização com missas, todos os meses e pastorais também
existem e atuam.
Pertencíamos a paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, além do padre
Edvan a paróquia recebe visita de outros padres e diáconos, monsenhor Lucena
continua celebrando na nossa comunidade.
A comunidade é Área Pastoral de Nossa Senhora de Nazaré e abrangem os
municípios de Parazinho e Pedra Grande, a quase paróquia foi criada no dia 20
de dezembro do ano de 2011, pelo Excelentíssimo Reverendíssimo Arcebispo
emérito de Natal Dom Matias Patrício de Macêdo, e foi confiada aos cuidados do
reverendíssimo Pe. Ivanilson Alexandrino, que assumiu seu pastoreio com o
intuito de administrar a quase paróquia e guiar suas ovelhas demonstrando sua
missão.