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| Produtor André Aleixo trocou a cultura de hortaliças pelo  cultivo de uvas Itália // Fotos: Moraes Neto  | 
O Rio 
Grande do Norte colheu em torno de 40 toneladas de uvas do tipo Itália 
nesta primeira safra, que finalizou neste mês. Trata-se de uma colheita 
inédita da fruta, que, até então, não havia sido cultivada em escala 
comercial no estado. Numa área de dois hectares da fazenda Quixaba, zona
 rural do município de Parazinho (a 116 quilômetros da capital Natal), 
foram colhidos os primeiros frutos de um projeto do Sebrae para 
incentivar a vinicultura em pleno semiárido potiguar. 
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| Foram colhidas cerca de 40 toneladas da fruta em  pleno semiárido potiguar  | 
Em meio à 
paisagem seca da região, um verde exuberante surge, comprovando a 
viabilidade da produção de uvas no sistema irrigado numa área de baixa 
umidade e baixo índice pluviométrico.
Os 
responsáveis pelo feito são os produtores André Aleixo e o irmão, José 
Hipólito, que decidiram deixar de lado a plantação de pimentões e 
tomates, e, de forma pioneira, apostaram na cultura irrigada dessa 
variedade de uva, no começo do ano passado. Após 20 meses, toda a 
produção já foi comercializada internamente no Rio Grande do Norte, que 
apresenta uma alta demanda de consumo, já que a maior parte das uvas que
 abastecem o mercado potiguar vem de outros estados.
As frutas foram 
todas vendidas em uma operação, que rendeu em torno de R$ 100 mil para 
os empreendedores, com um único distribuidor da Central de Abastecimento
 do Rio Grande do Norte (Ceasa).
A aceitação
 das primeiras uvas do RN foi imediata. A explicação está na qualidade 
dos frutos, que têm tamanhos praticamente uniformizados com cada cacho 
pesando em média 700 gramas. Mais que isso, as uvas potiguares chegam a 
atingir um brix, que é o grau de doçura medido na fruta, acima de 19°. 
Para se ter uma ideia de como a uva é doce, basta saber que o padrão de 
exportação para a uva Itália é de 15°, que é um alto teor de açúcar 
exigido pelo mercado internacional. 




Um comentário:
Prezados,
Primeiramente quero prestar minha homenagem ao corajoso e destemido empreendedor de Parazinho, Sr. André Aleixo.
Fiquei admirado pela sua disposição de encarar uma mudança tão radical no seu ramo de negócio, já que o RN, segundo alguns entendidos, não tem vocação para o cultivo de uva em escala comercial.
Fica a lição de que, ousar e correr risco faz parte do sucesso.
Ao SEBRAE/RN, fica o reconhecimento de sua importante contribuição, quando o assunto é apoiar as iniciativas e projetos locais em benefício da geração do emprego e renda. Parabéns a todos que se envolveram direta ou indiretamente na plantação desta semente de negócio em nossas terras.
Saudações,
Daniel G. Souza
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