A presidente afastada Dilma Rousseff se tornou ré no processo de impeachment. O Senado decidiu, por 59 votos a favor e 21 contra,
pela aceitação do parecer que leva a petista ao julgamento derradeiro
por crime de responsabilidade, que pode cassar o seu mandato, previsto
para começar no fim de agosto. A votação foi dividida em quatro partes,
uma para cada crime imputado a Dilma — três decretos de suplementação
orçamentária sem autorização do Congresso e a suposta operação de
crédito com o Banco do Brasil no Plano Safra.
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Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado |
Os senadores
decidiram que Dilma será ré pelos quatro crimes. Além da votação do
texto principal, os senadores aprovaram os destaques referentes às
pedaladas fiscais e ao crédito suplementar de R$ 29 bilhões, ambos por
58 votos a 22. O último destaque, sobre a edição do decreto de R$ 600
bilhões, foi mantido por 59 votos a 21. A acusação foi intimada a
oferecer em um prazo de até 48 horas o libelo acusatório e o rol de
testemunhas.
O juízo de pronúncia, penúltima etapa do
impeachment, foi aprovado após mais de 15 horas de sessão, seguindo o
parecer de Antonio Anastasia (PSDB-MG), que encontrou elementos
jurídicos nas acusações para que Dilma seja julgada. Foi uma longa e
cansativa sessão, que se iniciou às 9h45min da terça-feira e avançou na
madrugada desta quarta.
Zero Hora
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