Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados |
O pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff
(PT) foi aprovado pela Câmara do Deputados na noite deste domingo (17).
Após seis horas de votação, o placar final
foi: 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, além de 7 abstenções
e 2 ausentes. Para ser aprovado na Câmara, o processo dependia do voto
de no mínimo 342 dos 513 deputados, ou dois terços do total.
A
aprovação, contudo, não afasta Dilma imediatamente da Presidência da
República. Isso só pode ocorrer após a análise do Senado. Após o anúncio do "sim", os parlamentares começaram a cantar o Hino Nacional, em comemoração.
A decisão pela abertura do processo de impeachment aconteceu por volta das 23h05, com o voto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).
"Quanta honra o destino me reservou ao sair da minha voz o grito de
esperança de milhões de brasileiros", disse antes de proclamar seu voto a
favor.
A votação terminou por volta das 23h45, e a vantagem foi dos votos
pró-impeachment desde o começo. No total, a sessão durou mais de nove
horas.
Cada parlamentar tinha cerca de dez segundos para dar o
seu voto --o que não os impediu de fazer homenagens à família ou
provocações tanto ao governo quanto ao grupo favorável ao impedimento da
presidente.
As menções iam desde os carinhosos "pelo meu
filho", "pelo povo do meu Estado" até posicionamentos mais contundentes
como o "canalhas" de Jean Wyllys (PSOL-RJ) ou "é um golpe!" (entre os
governistas).
Sobrou também para o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi chamado de "gângster" por Glauber Rocha (PSOL-RJ).
Uol Notícias
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