![]() |
| Parques eólicos localizados na Associação Alívio, zona rural de Parazinho/RN Foto: Arquivo do Blog Parazinho na Mídia |
Você sabia
que o PIB (Produto Interno Bruto) de São Miguel do Gostoso
cresceu 86% desde que os parques eólicos começaram a se instalar no município?
O PIB é um
indicador que mede a riqueza de países, Estados e
municípios. A fonte do dado sobre o PIB de São Miguel do Gostoso é do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na região, Parazinho cresceu
110%, enquanto João Câmara cresceu 90%. Estes são três dos maiores produtores
de energia eólica do RN.
Todos estes
dados constam da reportagem “Nordeste é a nova fronteira
elétrica”, publicada pelo jornal O
Estado de S. Paulo no último domingo (11/1). A reportagem trata do impacto
da energia eólica na economia do Nordeste, com destaque especial para São
Miguel do Gostoso, Parazinho e João Câmara.
Segundo a
reportagem, até 2023, 60% da matriz de geração de energia da
região Nordeste será de fontes alternativas como eólica e solar. Juntas, as
usinas vão somar 22 mil megawatts (MW), o que representa mais que o dobro da
atual capacidade hídrica da região (10,8 mim MW).
Com estes 22
mil MW de energia alternativa, o Nordeste será responsável
por quase a metade da geração deste tipo de energia – também conhecida por
energia limpa – gerada em todo o Brasil. O Nordeste já conta com 192 parques
eólicos instalados, com capacidade de 4.522 MW.
Outros 362
parques estão sendo instalados, com capacidade de mais 9.292 MW de energia. Até 2021, a energia eólica será a segunda fonte de
energia do país. O Rio Grande do Norte lidera a produção eólica no
Brasil, com 73 parques já instalados (2.062 MW) e outros 93 em implantação
(2.430 MW).
A energia
eólica traz riqueza para o Nordeste. Lembre-se que,
enquanto municípios como São Miguel do Gostoso têm seu PIB crescendo em 86% nos
últimos anos, a economia do Brasil cresce a pouco mais de 1% ao ano.
O mais
importante da chegada da energia eólica do Nordeste é que ela
está sendo instalada em áreas pouco desenvolvidas, trazendo benefícios e
melhoria de renda para a população. A energia eólica é ainda uma forte fonte de
empregos na fase de implantação dos parques. Mas há outras formas de geração de
renda.
Uma delas é
o arrendamento de propriedades, grandes e pequenas, para a implantação de
torres de aero-geradores. A reportagem de O
Estado de S. Paulo cita o caso de várias famílias pobres que, de uma hora
para outra, passaram a ter uma renda generosa para os padrões da região.
É que os
parques eólicos nem sempre são implantados em grandes
propriedades. Muitas famílias arrendam pequenos trechos de terras para a
implantação das torres. Dependendo do critério adotado em contrato, cada família
chega a receber em média R$ 1.000 por mês por cada torre instalada.
E há muitas outras
fontes de geração de renda provenientes da energia eólica. Moradores de
municípios em que parques eólicos estão instalados passaram a ter renda com
alugueis de casas e fornecimento de comida para trabalhadores dos parques
eólicos.
São Miguel
do Gostoso é um destes casos. A cidade conta com centenas de
casas alugadas e restaurantes feitos exclusivamente para trabalhadores de
eólicas. Além disso, o comércio local, em especial supermercados, está vendendo
mais, e pousadas hospedam engenheiros e técnicos que trabalham nos
parques.
E há outra
vantagem de São Miguel do Gostoso em relação a municípios
vizinhos que também produzem energia eólica. Por causa da boa estrutura
hoteleira da cidade, ela hospeda engenheiros e técnicos que trabalham em outros
municípios.
Segundo a
reportagem, São Miguel do Gostoso acaba sendo uma espécie de
“cidade dormitório” para engenheiros e técnicos de outros municípios. E isso é
muito bom para a economia da cidade.
Por Emanuel Neri/Blog No Balacobaco
Publicidade



Nenhum comentário:
Postar um comentário