O
carro do padre da Vila de Ponta Negra, bairro da Zona Sul de Natal, foi
incendiado na madrugada deste sábado (26), após o cancelamento de um arraial
que aconteceria na comunidade. De acordo com o padre João Farias, alguns
moradores do bairro estão responsabilizando ele pelo cancelamento da festa e
incendiaram o veículo como represália.
De
acordo com a presidente do Conselho Comunitário da Vila de Ponta Negra, Cinthia
de Lima, a festa tem caráter particular visando apenas lucro para os
organizadores e causa transtornos à rotina da comunidade. "Um grupo de
lideranças comunitárias, incluindo a Associação de Moradores, Associação de
Quiosqueiros, Centro Cultural e o Centro Paroquial, enviou um documento para o
Ministério Público relatando o problema e o MP proibiu a realização da
festa", disse.
Conhecida
como "Arraiá da Florestina", a festa acontecia no largo da igreja que
também é o terminal de ônibus do bairro. Segundo o padre João, durante os três
dias de realização da festa o terminal é transferido para as proximidades do
Cruzeiro. "Fica longe para um trabalhador chegar de noite e descer lá.
Além disso, tem o problema da sujeira que é deixada no local e a violência que
muitas vezes acontece na festa. No ano retrasado a igreja foi baleada",
disse.
O
padre fez questão de ressaltar que quem proibiu a realização da festa não foi
ele, nem as lideranças comunitárias, e sim o Ministério Público. A festa estava
marcada para começar nesta sexta-feira (25), mas com a proibição por parte do
Ministério Público foi cancelada.
Em
represália, a casa do padre foi apedrejada durante a noite. O comandante geral
da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, confirmou que a PM foi acionada e
esteve no local para conter os ânimos. Segundo testemunhas, após a saída dos
policiais, o carro do padre foi incendiado. O Corpo de Bombeiros foi acionado e
conseguiu apagar o fogo. O caso foi registrado na Delegacia de Plantão da Zona
Sul.
Contacto-Latino
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