A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (31) que os
brasileiros aprenderam a dar valor à liberdade, à democracia e ao
direito de ir às ruas após passar por mais de duas décadas de ditadura
militar, regime que teve início há exatos 50 anos, em 31 de março de
1964. Dilma foi presa e torturada pelos militares durante a ditadura,
quando esteve entre os milhares de brasileiros que resistiram ao golpe
militar.
"O esforço de cada um de nós, de todas as lideranças do passado,
daqueles que vivem e daqueles que morreram, fez com que nós
ultrapassássemos essa época", afirmou a presidente durante cerimônia de
assinatura de contrato no Palácio do Planalto.
"Aprendemos o valor a liberdade", acrescentou Dilma, lembrando que
depois da redemocratização os brasileiros já elegeram "um ex-exilado
(Fernando Henrique Cardoso), um líder sindical que foi preso várias
vezes (Luiz Inácio Lula da Silva) e também uma mulher que foi
prisioneira".
Dilma citou as manifestações de junho do ano passado em diversas
cidades brasileiras, em que milhares de pessoas foram às ruas cobrar
melhores serviços públicos e protestar contra a corrupção, entre outras
coisas. Segundo a presidente, "não houve processo de abafamento desse
fato" no Brasil.
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