Quase 2.000 novos voos serão incluídos na malha aérea brasileira durante
a Copa do Mundo para atender a demanda dos torcedores, entre 6 de junho
e 20 de julho, ou seja, uma semana antes e uma semana depois do início e
término dos jogos. A malha aérea brasileira precisou ser revista pela Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) para que as companhias pudessem adaptar suas
operações.
Estão sob coordenação especial da agência os 25 aeroportos mais
diretamente afetados pelo aumento da demanda de passageiros, em
cidades-sede e suas proximidades. No total, as aéreas solicitaram –e conseguiram– a inclusão de 1.973
novos voos. O que representa um acréscimo de 1% frente ao praticado
hoje.

Além disso, elas realizaram 78.027 alterações em trechos já existentes,
para adaptação de horários ou de rota. O número indica que cerca de 42%
da malha aérea brasileira vai passar por mudanças durante a Copa. A Anac defende que a inclusão de novos voos é possível uma vez que as
companhias tem autonomia para reduzir voos menos procurados, no período,
e redirecioná-los para os trechos de maior demanda.
De acordo com o diretor-presidente da Agência, Marcelo Guaranys, o
número maior de voos não excede a capacidade dos aeroportos e nem deve
prejudicar os torcedores que estiverem viajando nesse período. "A condição de aprovação é a capacidade do aeroporto, de pista, pátio e
terminais. Não há nenhum horário [nos aeroportos] com mais voos que a
capacidade do aeroporto. Claro que teremos horários de pico, como no
Natal", disse. Guaranys reforçou ainda que 'não há risco de apagão aéreo' no período e
que toda a força de trabalho da agência estará trabalhando. Ainda segundo ele, há uma expectativa de que esse aumento represente redução de preço para os consumidores. "Adequados os dias e locais das partidas, com maior oferta, isso irá
permitir que os preços finais possam cair para o consumidor final.
Esperamos isso", afirmou. Segundo ele, apenas 4% dos assentos foram vendidos para esse período até agora.
AJUSTES
As empresas fizeram seus pedidos desde 20 de dezembro e tiveram acesso às respostas de seus pleitos nesta quarta-feira (15). Agora, elas terão até a próxima semana para informar se ainda será necessário fazer algum ajuste nos voos autorizados pela Anac. A agência informou que conseguiu atender todos os pedidos das companhias
aéreas, ainda que, para isso, tenha tido de alterar em alguns minutos,
para frente ou para trás, os horários pretendidos por delas.
Novos pedidos das empresas ainda poderão ser feitos durante os próximos
dias. Para serem aceitos, a Anac levará, mas uma vez, em consideração a
capacidade dos aeroportos para o dia e horário pretendido.
VENDAS
Os novos voos já poderão ser comercializados a partir desta sexta-feira
(17) caso as empresas consigam, nesse tempo, analisar as respostas da
Anac e aceitem as propostas de voos que foram oferecidas. Se alguma empresa aérea quiser ficar definitivamente com uma de suas
novas rotas/trecho, a Anac também informou que isso será possível.
"O caso dos aeroportos é diferente de outros transportes, como linhas de
ônibus, em que é preciso uma licitação. No nosso caso elas solicitam e
nós vemos se há capacidade no aeroporto. Analisamos e enviamos de volta a
resposta", acrescentou Guaranys. Todas as alterações da Anac levaram em conta a capacidade dos aeroportos
com a conclusão de parte das obras de expansão que estão sendo
realizadas. A agência diz ter sido conservadora e considerado para cálculo da
capacidade de cada um deles apenas as obras que estão 'praticamente
prontas'.
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