O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) anunciou na noite desta
quarta-feira, 9, a renúncia ao cargo de vice-presidente da Câmara. A
decisão ocorre no mesmo dia da abertura do processo disciplinar contra
ele no Conselho de Ética da Casa.
A carta de renúncia de
Vargas foi lida em plenário na noite desta quarta pelo líder do PT na
Câmara, deputado Vicentinho (SP). "Tomo essa decisão para que eu possa
me concentrar em minha defesa perante o conselho e para não prejudicar o
andamento dos trabalhos da Mesa Diretora, e também preservar a imagem
da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados", diz o petista no
documento.
Ao ler a carta, Vicentinho disse que o partido
apoia sua decisão e que, a partir de agora, a legenda passará a discutir
nomes para substituir Vargas na vice-presidência. Os mais cotados são o
ex-líder do PT José Guimarães (CE), o vice-líder do governo Henrique
Fontana (RS) e o ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS).
Vicentinho
hesitou em falar sobre uma possível renúncia de Vargas ao mandato
parlamentar e limitou-se a dizer que a questão é "de foro íntimo". "Ele
agora quer ter o direito defesa e de ser ouvido", disse Vicentinho.
A
renúncia não livra o deputado do processo disciplinar no Conselho de
Ética. O colegiado vai investigar as relações de Vargas com o doleiro
Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava
Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. Em entrevista ao
Broadcast Político nesta quarta, o relator do processo disciplinar,
deputado Julio Delgado (PSB-MG) disse que considera o caso "muito
grave".
Msn Brasil
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