blogueiro Eurípedes Dias |
O susto e o desespero podem tomar conta de
uma pessoa que, ao acordar, se olha no espelho e verifica o rosto paralisado,
mas especialistas pedem calma. No Brasil, cerca de 50 mil pessoas são afetadas
por ano pela paralisia facial.
A disfunção pode ser provocada pelo estresse, por
infecção viral, trauma na face, compressão de nervo, diabetes, chamada de
periférica. Ou, entre outros motivos, por AVC ou a presença de um tumor,
conhecida como paralisia central, o que compromete a vida do portador. Um
indivíduo com paralisia terá dificuldade em transmitir suas emoções para
o mundo exterior.
O distúrbio causa a perda temporária ou permanente
da sensibilidade dos músculos da face, ou perda da capacidade de mover ou
controlar os movimentos. Nessas horas, é necessário procurar ajuda de um
profissional especializado. De acordo com a fisioterapeuta Mariana Borges
Teixeira, no caso de paralisia facial periférica, a recuperação pode levar de um
a dois meses. Já a central tem recuperação variável, sendo possível chegar à
cura.
Há prejuízos na fala, em se alimentar e,
principalmente, na parte ocular, como dificuldade em fechar e abrir os olhos.
O estresse é destaque entre os principais fatores desencadeantes
da atualidade. Mariana esclarece que a paralisia facial, muitas vezes,
manifesta-se sem causa conhecida, mas herpes zoster, choque térmico, traumas e
neoplasias também geram o distúrbio. A fisioterapeuta alerta que a incidência
da paralisia facial aumenta com a idade. “De 10 a 19 anos, é mais comum em
mulheres”. As gestantes têm três vezes mais risco de desenvolver o distúrbio e
10% dos pacientes têm histórico familiar”, revela.
Recuperação. Em alguns casos é necessário que a
pessoa reaprenda hábitos simples, como falar, se alimentar, movimentar os olhos
ou mesmo as expressões faciais. “Os músculos da face comprometidos impedem
estas ações e por isso são feitos exercícios específicos para isso, com
acompanhamento médico, fisioterapeuta e fonoaudiólogo”, afirma.
Mariana explica que o tratamento deverá ser
adaptado e personalizado em função do déficit e da colaboração do paciente. “O
tratamento pode durar de 15 dias a três semanas, nas paralisias faciais pouco
severas, e até 4 anos, nas formas mais graves.
“Massagem, eletroestimulação, reeducação dos
músculos da face, método Kabat, estimulação com gelo e exercícios faciais,
através de jogos ou brincadeiras, são os mais indicados”, revela a
fisioterapeuta.
E para obter 100% da recuperação, é importante ter
força de vontade, uma vez que se não houver melhora após 15 dias de tratamento
há uma grande probabilidade de sequelas.
Nota do blog: Estamos torcendo pela sua progressiva
recuperação, e torcemos para sua volta recuperado na comunicação do RN.
Fonte: Blog do Eurípedes Dias
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